Não há mais o abraço deitado na cama.
Não, ninguém me abraça.
Não há mais o beijo ansioso quando a porta se fecha.
Não, ninguém me beija.
Não há mais sua mão para segurar no ônibus (escondidas e nervosas debaixo da mochila).
Não, ninguém me toca.
Não há mais os telefonemas de madrugada.
Não, ninguém me escuta.
Não há mais você no desembarque da rodoviária.
Não, ninguém me aguarda.
Há somente:
a porta fechada,
o desembarque solitário
a cama gelada
e a solidão resignada
tiago castro gomes - não há mais você
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